Renda Extra

04/09/2018

A pílula anticoncepcional é perigosa para as mulheres?

A pílula anticoncepcional é perigosa para as mulheres? De modo geral, não. Alguns métodos de contracepção até ajudam a aumentar a segurança da mulher. Um caso desses é o da camisinha, que não apenas ajuda a prevenir uma gravidez não-planejada como ajuda a impedir a transmissão de doenças. No entanto, há alguns riscos inerentes ao uso de certos métodos de contracepção aos quais as mulheres devem ficar atentas. 

Vejamos, por exemplo, o caso da pílula anticoncepcional, um remédio que deu às mulheres um maior leque de escolhas relativas à reprodução e que provavelmente teve forte impacto na emancipação feminina nas últimas décadas. Ela também tem, porém, suas falhas.

Acontece o seguinte: a pílula, para evitar a possibilidade de gravidez, interfere no equilíbrio hormonal da mulher que a toma, o que pode ter efeitos negativos para a saúde dela.

As pílula, em suas versão mais antiga, podia causar efeitos colaterais como deixar a pele mais oleosa e causar inchaço. As versões mais recentes do produto, no entanto, foram planejadas de maneira a diminuir ou eliminar estes efeitos colaterais. Isso, claro, é ótimo. Para alcançar este objetivo, foi necessário rever a composição deste produto e a concentração hormonal empregada. 

O problema é que as versões mais modernas da pílula também têm seus problemas. Um estudo  da Universidade de Nottingham, que fica na Inglaterra, apontou que as usuárias da versões mais modernas da pílula apresentam chances quatro vezes maiores de ter uma trombose do que as mulheres que não usam o medicamento. Em relação às versões mais antigas do anticoncepcional, o risco foi aumentado duas vezes. 

Trombose é a condição em que, no corpo de um ser ainda vivo, é formado um coágulo no coração ou em um vaso que conduz sangue. Esta condição pode dar origem a uma embolia, que ocorre quando o vaso fica obstruído, o que pode, dependendo do caso, matar a pessoa. Uma modalidade de embolia é a embolia pulmonar, em que há uma obstrução da artéria pulmonar ou de ramo dela.

Sabe-se que métodos de evitar a gravidez baseados em hormônios, como é o caso da pílula podem interferir no mecanismo de coagulação sanguínea. Um dos modos de isso acontecer é deixando o sangue mais viscoso. Especialmente perigosa é a combinação de consumo da pílula e tabagismo. As pílulas que o estudo da universidade britânica apontaram como tendo a maior possibilidade de causar trombose são as que possuem em sua composição ciproterona, desogestrel, drospirenona (como a iumi por exemplo) ou gestodeno.

Não há, no entanto, motivo para pânico. Significa que, antes de adotar a pílula (ou continuar a usá-la) como seu método de contracepção e de escolher qual pílula usar, a mulher deve consultar um ginecologista, que, analisando fatores como o histórico dela e da família (incidência de trombose, por exemplo), características dela (incidência de enxaquecas, por exemplo) e os hábitos dela (tabagismo, por exemplo), poderá definir se ela tem um risco elevado de desenvolver um problema circulatório. Saber como evitar ou como tratar esse tipo problema é bem útil.

Enfim, tratamos de um aspecto importante da questão "A pílula anticoncepcional é perigosa para as mulheres?": o que fazer com relação ao risco mais elevado de trombose que as usuárias das versões mais modernas da pílula. Relate a sua experiência neste assunto nos comentários, seu testemunho é valioso para todos.

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