28/10/2022

Verdades e mentiras sobre cirurgia plástica


 Brasil está entre países que mais realizam cirurgias plásticas. Confira verdades e mitos sobre o tema e saiba como buscar um especialista.

Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), o Brasil é o segundo país que mais realiza cirurgias plásticas no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

Em 2020, os procedimentos mais realizados no País foram a lipoaspiração, seguida da mamoplastia de aumento, blefaroplastia, abdominoplastia, mastopexia e rinoplastia.

Apesar da alta busca, com mais de 1,3 milhão de cirurgias plásticas ao ano, ainda existem diversos mitos e dúvidas sobre esses tratamentos.

Mulheres fazem mais cirurgias plásticas que homens: verdade

As mulheres são o público majoritário que busca pela realização das cirurgias plásticas no Brasil, entretanto, a participação dos homens é crescente nos últimos anos.

Conforme a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), entre 2015 e 2020, os homens passaram de 5% para 30% do público quando o assunto é cirurgia plástica.

Entre eles, os procedimentos mais buscados são a blefaroplastia, para correção estética das pálpebras, a rinoplastia e a lipoaspiração.

Cirurgias plásticas não demandam preparação: mito

Muitas pessoas acreditam que para realizar uma cirurgia plástica basta procurar um médico e, no máximo, fazer alguns exames pré-operatórios.

De fato, os exames pré-cirúrgicos estão entre os principais cuidados na preparação da cirurgia plástica, mas não são os únicos.

Para alguns pacientes, trata-se de um preparo que pode levar anos. Especialmente em cirurgias plásticas como a lipoaspiração e a abdominoplastia, pode-se recomendar a perda de peso e mudanças no estilo de vida antes de recorrer ao procedimento cirúrgico.

Nesses casos, a perda de peso garante tanto a maior segurança na intervenção cirúrgica, como também influencia os resultados estéticos alcançados posteriormente.

Pessoas tabagistas podem ser instruídas a eliminar ou cessar o hábito por meses antes de estar aptas à realização da cirurgia plástica.

Portanto, em alguns casos, a preparação para cirurgia plástica é extensa e exige o comprometimento do paciente em diferentes aspectos.

Crianças e adolescentes podem fazer cirurgias plásticas: verdade

Uma dúvida muito frequente em relação à cirurgia plástica é se crianças e adolescentes podem realizar esse tipo de procedimento.

Segundo a SBCP houve um crescimento de 140% na busca de procedimentos estéticos por menores de 18 anos e, em 2016, eles representaram 6,6% do total de intervenções.

Algumas cirurgias plásticas, como a otoplastia, são indicadas ainda na infância e podem ser realizadas a partir dos 5 anos. Esse também é o caso de procedimentos com fins reparadores, como no caso da cirurgia para correção do lábio leporino.

Na adolescência, algumas cirurgias plásticas serão indicadas para melhorar a qualidade de vida do paciente, como a mamoplastia redutora em jovens com mamas desproporcionalmente grandes e que resultam em desconfortos físicos e psicológicos.

Apesar disso, também cresce a procura por cirurgias plásticas entre jovens devido à insatisfação estética. Nesses casos, é indispensável avaliação individualizada, bem como suporte psicológico e autorização dos responsáveis. 

Cirurgias plásticas não tem relação com questões psicológicas: mito

É comum o equívoco de separar fatores físicos e estéticos das questões psicológicas, mas quando se refere às cirurgias plásticas, esses elementos estão completamente interligados.

Em muitos casos, a avaliação psicológica deve preceder a indicação da cirurgia plástica, garantindo que o paciente tenha consciência sobre os resultados possíveis com o tratamento.

Além disso, em casos de distúrbios de imagem a cirurgia plástica pode ser contraindicada, pois o paciente não está em condições de manter-se realista quanto aos resultados.

Portanto, as questões psicológicas também serão consideradas pelos cirurgiões plásticos na avaliação do caso. 

Doenças crônicas podem impedir o tratamento: verdade

Algumas doenças crônicas inviabilizam a realização de cirurgias plásticas em caráter definitivo, como alterações de coagulação, doenças cardíacas graves, lúpus e outras doenças autoimunes.

Em outros casos, as doenças crônicas devem ser controladas para que a cirurgia plástica seja viável, como é o caso da diabetes, hipertensão, cardiopatias leves, psoríase e outras.

Quando o paciente tem esse tipo de patologia, é indispensável uma assistência multidisciplinar no pré-operatório.

Mesmo com a diabetes sob controle é essencial que os pacientes sejam informados e estejam conscientes dos riscos de problemas na cicatrização.

Cirurgia plástica pode ser feita por qualquer médico: mito

Nem todo médico é qualificado para realizar cirurgias plásticas, de forma que apenas ter o CRM não é um indicativo da qualificação necessária.

Para ser um cirurgião plástico, o profissional deve ter a graduação em Medicina, dois anos de residência em cirurgia geral e, posteriormente, três anos de residência em cirurgia plástica.

Ao final dessa formação, ele é submetido ao exame de título realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, de forma que ser membro da SBCP é indispensável para atestar a qualificação.

Os resultados da cirurgia plástica variam: verdade

Ainda é comum que as pessoas acreditem que a cirurgia plástica é voltada a padronizar a estética, entretanto, cada vez mais, os tratamentos são personalizados.

Os resultados da cirurgia plástica variam enormemente entre os pacientes, pois a técnica e abordagem são diferentes de acordo com as necessidades do caso.

Dessa forma, duas mulheres submetidas à mamoplastia de aumento podem ter resultados muito diferentes de acordo com o volume da prótese, estrutura corporal, tamanho anterior da mama, técnica cirúrgica, perfil da prótese etc.

Com isso, uma cirurgia plástica nunca deve ser planejada considerando resultados de terceiros, demandando sempre uma abordagem individualizada.

Lipoaspiração e abdominoplastia emagrecem: mito

Até hoje, um dos principais mitos em relação à cirurgia plástica é que a lipoaspiração e abdominoplastia emagrecem.

A lipoaspiração é indicada para remoção de depósitos de gordura localizada, enquanto a abdominoplastia é voltada à remoção do excesso de pele no abdômen que causa a flacidez.

Entretanto, ambas as cirurgias plásticas são indicadas para pacientes que estejam dentro do peso ideal, pois não tem como objetivo o emagrecimento.

De fato, muitos pacientes precisam perder peso no pré-operatório para que esses procedimentos sejam viáveis.

Verifica-se assim que entender as verdades e mentiras em torno da cirurgia plástica e buscar um cirurgião plástico de confiança são etapas indispensáveis para quem deseja realizar o tratamento.











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